quarta-feira, 5 de março de 2014

Selo em Osso com o Nome Shaul Encontrado na Cidade de David



O selo em osso gravado com o nome Shaul, desde a época do Primeiro Templo, foi encontrado nas escavações IAA perto das paredes ao redor do National Park, Jerusalém cidade de David

Um selo em hebraico que remonta à época do Primeiro Templo foi exibido pela primeira vez durante a visita. O selo foi encontrado numa escavação que está em curso perto dos muros Jerusalém National Park, em nome da Autoridade de Antiguidades de Israel e em cooperação com a Natureza e da Autoridade de Parques, sob a direção do professor Ronny Reich, da Universidade de Haifa e Eli Shukron do IAA, e subscrita pela David Fundation.
A peça, que é feita de osso, foi encontrada quebrada e falta uma pedaço que faz parte do lado superior direito. Duas linhas paralelas dividir a superfície do selo em dois registos em que estão gravadas as letras hebraicas:

לשאל
 ריהו

Um período seguido por uma imagem floral ou uma pequena fruta aparecem no final do nome inferior.

O nome do proprietário do selo foi totalmente preservado e é escrito na forma abreviada do nome שאול (Shaul). O nome é conhecido, tanto na Bíblia (Génesis 36:37; 1 Samuel 9:2; 1 Crónicas 4:24 e 6:9) e em outros manuscritos hebraicos.


Segundo o professor Reich, "Este selo se junta a outro selo hebraico que anteriormente foi encontrado e três moldes hebraico (peças de barro marcados com impressões de selos) que foram descobertos nas proximidades. Estes cinco itens têm grande importância cronológica em relação ao estudo do desenvolvimento do uso de selos. Enquanto os moldes são numerosos e foram descobertos na piscina adjacente escavado na rocha foram encontradas juntamente com cacos de cerâmica a partir do final da nona e início do oitavo séculos aC, eles não suportam todas as letras semitas. Por outro lado, os cinco artefactos hebreus epigráficos foram recuperados do solo que foi escavado fora da piscina, que continha fragmentos de cerâmica que datam da última parte do século VIII.

Parece que o desenvolvimento na concepção dos selos ocorreu em Judá durante o curso do oitavo século AEC. Ao mesmo tempo, à medida que gravada figuras em escritos profanos, em algum ponto, eles também começaram a gravar com os nomes dos proprietários das transacções. Este foi, aparentemente, quando eles começaram a identificar o proprietário do selo pelo seu nome e não por algum tipo de representação gráfica. 

Parece que o "escritório", que administrou a correspondência e recebeu os bens que foram todos fechados com os moldes continuaram a existir e a operar dentro de um formato regular, mesmo depois de uma habitação residencial ter sido construída no interior do mesmo "escritório escavado na rocha" e do solo e o lixo que continha a os referidos moldes alguns ficaram presos debaixo de chão. Neste "escritório" continua a encontrar-se este tipo de modelos à medida que se fazem outras escavações.


A Cidade de Gamla

Visão Geral da Antiga Gamla

A seta aponta para os restos da sinagoga.
A antiga cidade de Gamla (também conhecido como Gamala) está localizada no Golã inferior, num cume íngreme que sobe a uma altura de 330 metros acima do terreno circundante. O historiador judeu Josefo apresenta a seguinte descrição da cidade:


Vista da Sinagoga de Gmala 


Outra perspetiva da Sinagoga, os pilares e bancos.
“De uma montanha elevada não desce um esporão robusto subindo no meio a um surto, a declividade do cume do que é do mesmo comprimento antes como por trás, de modo que na forma da crista se assemelha a um camelo, de onde deriva seu nome, o nativos pronunciar o som agudo da palavra de forma inadequada. Seus lados e rosto são fenda todo por ravinas inacessíveis, mas no fim da cauda, onde paira sobre a montanha, é um pouco mais fácil de abordagem, mas neste trimestre também os habitantes, cortando uma trincheira através dele, tinha tornado difícil de acesso. As casas foram construídas contra o flanco de montanha íngreme e surpreendentemente amontoados, um em cima do outro, e este local perpendicular deu a cidade a aparência de serem suspensos no ar e, precipitando sobre si própria (BJ 4,5-6).”


Vista da área descoberta, nem toda está a ser
trabalhada e isto por diferentes razões; os achados, o declive do terreno entre outros motivos.

Infelizmente, Gamla é mais lembrada pela derrota catastrófica que sofreu às mãos dos romanos durante a Revolta Judaica, uma vez que Josephus, que testemunhou a campanha como um cativo dos romanos, descreve a batalha para a cidade em detalhes vívidos. Inicialmente, aceitando a sua sorte do lado dos romanos, Gamla uniu-se à causa rebelde e estava entre as cidades fortificadas por Josefo em 66 dC. Em 67, as forças romanas sitiaram a cidade durante sete meses antes de abrir brechas no muros e apossarem-se da cidade. Segundo Josefo, todos os habitantes e refugiados (cerca de 9.000 pessoas) foram mortos com excepção de duas mulheres que se tinham escondido durante o massacre que se seguiu.


Destroços da sinagoga.

Apesar infâmia Gamla e de ser tão bem conhecido o lugar, este, não foi escavado até 1976, devido ao fato de que os arqueólogos anteriores tinham identificado por engano como Jamlieh Gamla, que fica cerca de nove quilómetros a sudeste do sitio atual. Shmaryah Gutman, o diretor das escavações em curso em Gamla, feita a identificação atual da cidade com base numa correspondência entre os restos escavados e descrição de Josefo. A presença da crista lombo de camelo, uma fortaleza, um muro quebrado, e milhares de pontas de flechas e pedras romanas ballista (usado nas catapultas) faz a identificação certa.


Lintel quebrado da Sinagoga de Gamla, pode ver-se
os típicos desenhos da palmeira. Estes
motivos foram também entrados no Templo de Jerusalém.

A área do sitio abrange cerca de quarenta e cinco hectares, dos quais apenas duas seções de uma pequena no leste e outra a Oeste, estão actualmente a ser escavadas. Evidência descoberta até agora sugere que a cidade foi abandonada após a vitória romana, desde as últimas moedas encontradas com de 67 CE, no lugar.


Como em todas as sinagogas da época a palmeira e
outros motivos decorativos.

O edifício identificado por Gutman como uma sinagoga foi desenterrado na primeira temporada da escavação. Contígua à parede nordeste da cidade, a estrutura retangular mede 25.5 x 17 metros no exterior e está alinhada longitudinalmente com o eixo nordeste para sudoeste (em direção a Jerusalém). O arranjo da sala, com as suas quatro fileiras de bancos e colunas intervenientes, é característica da sinagoga da Galileia, de que temos exemplos de antes e depois de 70 dC. A presença da arte sagrada judaica (uma roseta com acompanhamento palmas das mãos) e uma mikveh adjacente (banho ritual) fortalece a identificação, aceite pela maioria do arqueólogos.


Desenho da cidade, inclui a sinagoga e outros
edifícios importantes.

Arqueólogos Acham Ossuário da Neta de Caifás em Israel



Ossuário foi descoberto há três anos, mas a autenticidade foi confirmada só agora


Arqueólogos israelenses descobriram um ossuário de 2 mil anos de antiguidade que dizem pertencer à neta de Caifás, sumo sacerdote a quem o Novo Testamento atribui a responsabilidade pela condenação e crucificação de Jesus pelos romanos.
A descoberta foi entregue à Autoridade de Antiguidades de Israel há três anos, após seu roubo por profanadores de tumbas antigas, mas somente agora os pesquisadores da Universidade de Tel Aviv e da de Bar-Ilan confirmaram sua autenticidade.


Em seu exterior, o ossuário tem gravado em aramaico - língua vernácula da região naquela época - a inscrição "Miriam, filha de Yeshua, filho de Caifás, sacerdote de Maaziah da Casa de Imri". "A importância da inscrição está na referência aos ancestrais da morta e na referência à conexão entre eles e a linhagem sacerdotal de Maaziah e a Casa de Imri", declararam os pesquisadores em comunicado.


A pesquisa indica que o ossuário de sua descendente provinha de uma caverna funerária no Vale de Elá, onde eram as planícies da Judéia, cerca de 30 km ao sudoeste de Jerusalém. Os ossuários da região são pequenos cofres que os judeus costumavam utilizar nos séculos I e II para um segundo enterro de seus parentes e onde costumavam depositar unicamente seus ossos.


O cofre que chegou às mãos da Autoridade de Antiguidades está decorado na parte frontal com um estilizado motivo floral, em cima do qual está gravada a inscrição que revela a identidade da morta. Maaziah é o último elo da linhagem dos 24 grandes sacerdotes que serviram no Templo de Jerusalém, e mesmo mencionado no Antigo Testamento, a descoberta representa a primeira referência epigráfica descoberta sobre essa personagem.
Por ter sido extraído sem registro científico, a análise do cofre foi prolongada e exaustiva a fim de determinar tanto sua autenticidade como a da inscrição.


O OSSUÁRIO DE CAIFÁS, SUMO SACERDOTE QUE CONDENOU JESUS.



Os arqueólogos Yuval Goren da Universidade de Tel Aviv e Boaz Zissu da Universidade Bar Ilan confirmaram, noticiou a “Folha de S.Paulo” a autenticidade de um ossuário pertencente à família do sacerdote que teria conduzido a tumultuada sessão do Sinédrio que considerou “blasfemo” Jesus Cristo. No ossuário, os judeus guardavam os ossos dos antepassados depois da fase inicial de sepultamento.

Os especialistas concluíram que o ossuário e suas inscrições são autênticos e antigos, escreveu o “Jerusalem Post”. A peça faz parte de um conjunto de 12 usuários recuperados no mesmo local e pertencentes à família Caifás.

Dentro dessa urna foram encontrados ossos de seis pessoas ao que tudo indica da mesma família: dois bebês, uma criança entre 2 e 5 anos, um rapaz entre 13 e 18, uma mulher adulta e um homem de perto de 60 anos.

Na mesma peça lê-se a inscrição: “Miriam [Maria], filha de Yeshua [Jesus], filho de Caifás, sacerdote de Maazias de Beth Imri”. Num dos lados não decorados aparece o nome “José bar Caifás”, onde “bar” não necessariamente significa “filho de”.
A Miriam da inscrição poderia ser neta do próprio Caifás do Evangelho ou de algum outro membro da família sacerdotal.




O nome “Caifás” é a pista crucial, segundo os arqueólogos mencionados.

José filho de Caifás era o nome do sumo sacerdote do Templo de Jerusalém que, segundo os Evangelhos, liderou junto com seu sogro Anás, a iníqua conjuração que levou Jesus à morte, escreve Archeology Daily News.

No Museu de Jerusalém exibe-se outro ossuário de grande luxo. É feito em pedra entalhada com seis rosáceas dentro de dois círculos ornados com folhas de palmeira. Data provavelmente do século I.
Num lado não entalhado há a inscrição que o identifica como sendo o ossuário do próprio Caifás.

No interior deste ossuário encontraram-se os restos de um homem de 60 anos, tendo-se quase certeza que são os mesmos do Sumo Sacerdote durante a Paixão e Morte do Santíssimo Redentor.

Num dos ossuários havia uma moeda cunhada pelo rei Herodes Agrippa (37–44 d.C.). Este foi um dos indícios que sugeriu se tratar dos ossos do
 
A Cidade de Ascalon


Ashkelon
Also known as Tel Ascalon, Tel Ashqelon, Ascalon, Ashqelon, 'Askalan, Askalon, Askelon, 'Asqalan, 'Asqelon





ASCALOM
DA ANTIGA ASCALOM SÓ SOBRARAM RUÍNAS E QUANTO Á GAZA É DO CONHECIMENTO DE TODOS.

ASDODE FOI DESTRUÍDA NO SÉCULO X a.C. E CONSTRUÍDA NUM PLANO DIFERENTE. ECROM (ATUAL TEL MIQNE)FOI DESTRUÍDA MAIS DE UMA VEZ, MAS O REI NABUCODONOZOR II A ARRASOU DEFINITIVAMENTE EM 603 a.C. ASDODE FOI DESTRUÍDA POR UZIAS (II CR 26:6)



Pedaço de muralha dos filisteus de Ascalom (Ashkelon), cidade transformada em ruínas, completamente destruída várias vezes, e reconstruída, sendo que ficava ao sul de Israel fazendo fronteira com Gaza (Aza).



VISTA PARCIAL DE ASCALÃO (NOVA ASCALOM), QUE MANTEVE O NOME DA ANTIGA CIDADE BÍBLICA, QUE TAMBÉM SE SITUAVA NA COSTA DO MEDITERRÂNEO AO SUL DE TEL-AVIV NOS IDOS DE 3.500 a.C., SENDO QUE SEU LOCAL SÓ É ENCONTRADO PELA EXISTÊNCIA DE PEDAÇOS ESFACELADOS DE SEUS MUROS MEDIEVAIS



Uma das mais antigas cidades da Terra Santa, Ascalon, pretendeu ser o lugar do nascimento do rei Herodes o Grande.


Ele esbanjou lá fortunas na construção de balneários, sumptuosos fontenários e colunatas, e pretendeu, segundo Josefo, que este porto de mar do Mediterrâneo a 18 quilómetros a Norte de Gaza, estivesse sob o seu domínio.


Uma abundância de poços atraiu os negociantes e exploradores a esta cidade já desde os tempos do terceiro milénio a.C..
No Antigo Testamento, Ascalon, foi um dos cinco Estados dos Filisteus, em oposição aos Israelitas durante o Período dos Juizes, e lá Sansão matou 30 dos seus inimigos :


- “Apoderou-se então dele o Espírito do Senhor, e desceu a Ascalon. Matou ali trinta homens, tirando-lhes os vestidos, que depois deu aos que tinham decifrado o seu enigma”. (Juiz. 14,19).


A cidade foi destruída por Nabucodonosor II em 604 a.C.


Mais tarde o povo de Ascalon reagiu e sobreviveu no Período Greco-Romano, convencendo os Romanos a dar-lhe a liberdade e a Independência.
Finalmente, na primeira revolta dos Judeus contra Roma, nos anos 66-70 da nossa era, a cidade foi parcialmente destruída.




Mesmo tendo havido saques às ruínas de Ascalom, em Junho de 1990, o que restou da antiga (no local onde ela existiu ao sul de Tel-Aviv), Israel, foi examinado cuidadosamente por arqueólogos, e uma equipe encontrou nas escavações ali feitas um bezerro de mais ou menos doze centímetros de comprimento, fundido em bronze, cobre e prata: bronze passou por polimento para ficar brilhante como o ouro, sendo que outros pesquisadores haviam iniciado escavações ali em 1815.

O Dr. Lawrence Stager, da Universidade de Harvard, que dirigiu a equipe, acredita que o bezerro data de 1.550 a.C., antes dos israelitas conquistarem Canaã, o que sugere que a estatueta pode ter sido usada em rituais de adoração ao deus pagão EL, ou ao seu filho Baal, e que pode ter sido um protótipo dos bezerros de ouro mencionados na Santa Bíblia.


Em escavações realizadas em Ascalom, foram encontradas por arqueólogos cem ossadas com mais de dois mil anos, identificadas como de bebês do sexo masculino, sendo que este achado é um mistério ainda não desvendado e talvez seja a primeira prova concreta da prática de infanticídio, comum no antigo Império Romano, e não era crime, e crianças indesejadas ou doentes poderiam ser descartadas, já que para eles recém-nascidos não eram considerados seres humanos plenos.



É sabido que as cidades romanas possuíam as chamadas “casas de banho”, uma espécie de centro cultural frequentado por todos (homens livres, mulheres e escravos) e foi numa destas casas, de bairro pobre,é que estava a fossa com as ossadas: talvez as meninas foram poupadas para assegurar a continuidade dos nascimentos.

Quando o Imperador Constantino, cem anos mais tarde, tornou oficial a religião cristã oficial no império Romano, a prática de extermínio de bebês foi abolida.

As ruínas da cidade foram saqueadas e não existem registros suficientes que transmitam mais detalhes da vida de Askhelon, mas mesmo assim os especialistas seguem em busca de respostas para este mistério.



Os filisteus que migraram para a planície costeira de Israel, cerca de 1200 aC, estabeleceu-se em cinco grandes cidades. Três delas foram ao longo do ramo costeiro da Rodovia Internacional líder do Egito, mas por causa da presença de dunas de areia, só Ashkelon foi construída no shore. menos 150 hectares, a contar de Ashkelon é a maior cidade dos filisteus e um dos maiores informa em todos os do antigo Israel.





Escavações


Desde 1985, a Universidade de Harvard foi Ashkelon escavação sob o diretor Lawrence Stager. Mais de um século antes, Ashkelon foi o sítio arqueológico da "primeira escavação" na Terra Santa, quando Lady Hester Stanhope realizada uma escavação de pequeno porte. Escavações têm descoberto restos de cerca de cada período do período Neolítico até o século 13 dC



Fortificações



Durante a Idade Média, os governantes muçulmanos de granito usado Roman re colunas Ashkelon para reforçar a construção. Estas colunas agora se projetam da erosão dizer como as ondas têm gradualmente lavados ruínas na costa. A cidade cananéia foi cercada por uma muralha em torno de três grandes partes da cidade e do quarto ao lado estava protegido pelo mar. Mais tarde fortificações aproveitou a muralha e muros foram construídos em cima dele. A cidade não tinha molas, mas um bom número de poços e solo fértil.



Cananeus Gate



Uma das primeiras portas intacta em Israel foi escavado em Ashkelon na década de 1990. The Middle estrutura mudbrick Bronze é contemporânea com o conhecido um bem em Dan. Esta foto foi tirada da área de escavação antes de o portão foi descoberto. O portão está agora protegida por um toldo de metal grande e ainda não foi aberto aos visitantes. Fora do portão um bezerro de bronze foi descoberto, aparentemente, uma vez que adorou a entrada da cidade.



Posteriormente História



Ashkelon foi uma importante cidade após os babilônios destruíram a cidade e eliminou os filisteus. Um porto importante no período helenístico, Ashkelon se tornou uma cidade livre em 104 aC e local de nascimento de Herodes, o Grande, pouco tempo depois. Herodes reconstruiu a cidade e que floresceu nos períodos romano e bizantino. As Cruzadas mais tarde re-fortificada da cidade, mas Saladino capturou e destruiu-a sobre a abordagem de Ricardo Coração de Leão.





Tesouro é Achado em Local de Batalha dos Cruzados em Israel




As moedas de ouro e o jarro de cerâmica em que foram encontrados escondidos. (Foto: Baz Ratner/ Reuters)


HERZLIYA, Israel, 11 Jul (Reuters) - Um tesouro com moedas de ouro milenares foi desencavado de um terreno onde forças cristãs e muçulmanas travaram batalhas pelo controle da Terra Santa durante as cruzadas, disseram arqueólogos na quarta-feira. 






O material estava nas ruínas de um castelo em Arsuf, local estratégico durante o conflito religioso dos séculos 12 e 13.
As 108 moedas formam uma das maiores coleções de moedas antigas já descobertas em Israel. Elas estavam em uma jarra de cerâmica sob uma lajota, no topo das ruínas que ficam à beira-mar, a 15 quilômetros de Tel Aviv.




"É uma descoberta rara. Não temos muito ouro que foi circulado pelos cruzados", disse Oren Tal, professor da Universidade de Tel Aviv que comandou a escavação.


Foi em Arsuf que as forças do rei inglês Ricardo Coração de Leão derrotaram o líder islâmico Saladino. Cerca de 80 anos depois, em 1265, os muçulmanos voltaram sob o comando de outro general e sitiaram a cidade por 40 dias. Quando os muros externos caíram, os cavaleiros cruzados recuaram para o castelo, que acabou sendo destruído.




Tal acredita que o tesouro tenha pertencido à Ordem de Malta, cujos membros habitavam o castelo. As moedas talvez seriam usadas para pagar o arrendamento das terras, ou fossem o lucro de atividades industriais, disse o arqueólogo.


Ao todo, as moedas pesam cerca de 400 gramas. Algumas foram cunhadas dois séculos antes no Egito, e elas serão estudadas nos próximos seis meses, disse Tal.
"O estudo dessas moedas irá contribuir para a nossa compreensão de como interações econômicas de grande escala eram feitas na época", disse ele.




No sítio arqueológico de Arsur, usado naquela região na época das Cruzadas – um movimento militar que saiu da Europa em direção à Terra Santa, nos séculos 12 e 13, para dominar os territórios e impor o cristianismo.


O pote continha 108 moedas de ouro e trazia uma surpresa: elas não eram daquele tempo, mas de séculos anteriores, e haviam sido feitas por sultões egípcios.


Essa ligação entre épocas distintas foi feita pelos pesquisadores porque as moedas estavam em um local que foi construído em 1.241 e destruído em 1.265, mas as moedas traziam inscrições com os nomes de sultões egípcios e o local onde foram cunhadas, além da data: foram fabricadas entre os anos 900 e 1.100.


Sociedade e economia - A descoberta mostra a dinâmica das  transações econômicas daquele período e a relação que aquele povo tinha com o dinheiro. 


Geralmente as sociedades fabricam sua própria moeda. De um ponto de vista social e político, elas têm importância não só pelo valor, mas também pela mensagem: mostram uma sociedade de economia forte e independente, com cultura própria e identidade coletiva, disse Oren Tal, diretor de escavação e presidente do departamento de arqueologia da Universidade de Tel Aviv.


Por isso, segundo ele, a descoberta tem enorme valor científico. “É a primeira vez que encontramos moedas das cruzadas em Israel”, disse. “Elas revelam o quanto da economia era ativa naquela região, porque eles não se preocupavam em usar moedas antigas para completar grandes transações comerciais”, disse.


Arsur foi um local onde eram fechados negócios envolvendo bens manufaturados e agrícolas e ficava entre os portos de Jaffa e Caesarea.



Cidade de Tel Arsuf



A CIDADE MEDIEVAL DE ARSUF

Apollonia foi uma cidade costeira no Mediterrâneo Oriental, localizada na planície de Sharon sobre uma colina de areia fossilizada (kurkar) a cerca de 30m acima do nível do mar. Sua localização junto a um ancoradouro natural sempre foi muito favorável a ocupações por se tratar de uma região propícia à comunicação comercial e cultural entre as culturas mediterrâneas e as civilizações asiáticas e africanas.


Localizada a 34 km ao sul de Caesarea Marítima, antiga capital da Província Palestina. O sítio arqueológico de Apollonia-Arsuf encontra-se atualmente sob o domínio da moderna cidade de Herzliya, a cerca de 15 km ao Norte de Tel-Aviv, Israel.




Muitos autores muçulmanos, do século IX d.C em diante, mencionam o nome e o lugar de Arsuf. Al-Muqaddasi, nascido em Jerusalém, menciona Arsuf em sua lista das vinte cidades principais da fase inicial muçulmana na Palestina. Ele também acrescentou, que embora em seu tempo (985), Arsuf fosse tão pequena quanto Jaffa, era poderosamente fortificada e densamente povoada (Le Strange, 1980:399) . Arsuf aparece em listas similares, compiladas por Ibn Rusta (no início do século X) e por Yaqut (1225 a.C) e no famoso mapa de al-Istakhri de 925 d.C (El’ad, 1982:146-167) .




De acordo com al-Muqaddasi, Arsuf era considerada uma Ribat, ou seja, uma cidade costeira que fazia fronteira nos domínios islâmicos, servindo como um centro de contenção para cativos bizantinos. Nesta condição a cidade fez parte da organização do sistema de defesa da costa palestina. As altas torres nas cidades costeiras, existentes também em Arsuf, serviam de postos de observação e estações de sinalização usando fumaça durante o dia e fogo à noite, para manter contato com as guarnições do interior. Ibn Khurdadhbih na metade do século IX d.C, realizou uma detalhada descrição das principais artérias de tráfico na Palestina. Ele menciona Arsuf, entre Caesarea e Joppa ,como sendo uma das principais rotas de conexão da Mesopotâmia com o Egito (El’ad, 1982:146-167). O trovador templário Ricaut Bonomel, na segunda metade do século XIII, escreveu um poema "amargo" onde queixava-se que Deus dormiu enquanto os muçulmanos triunfavam em Arsur (2) e que Ele pareceu agradar-se com a derrota dos cristãos (Poesi, 1931:222-224). O escritor muçulmano Abu al-Fida escreveu em 1321 d.C, definindo: "Arsuf está na Filistéia, foi uma populosa cidade e tinha um castelo. Estava na costa do Mar Grego, a 12 milhas de Ar-Ramlah, 6 milhas de Yafa e 18 milhas de Kaisariyyah. Tinha um mercado e era protegida por uma muralha; mas atualmente a cidade está em ruínas e inabitada (Le Strange 1890: 399).




Modernamente, o sítio foi identificado pela primeira vez como Apolônia por Reland (1714) no início do século XVIII. No final do século XIX descrições das ruínas de Apolônia foram mais detalhadamente registradas pela equipe inglesa do Palestine Exploration Fund (Conder e Kitchener, 1882, p. 137- 140), e pelos viajantes franceses Victor Guérin (1875) e Clermont-Ganneau (1897).


As primeiras escavações no sítio foram de salvamento executadas pelo Israel Department of Antiquities, em 1950, na área manufatureira dos períodos romano e bizantino ao Norte; e nos anos 1962 e 1976 em uma igreja bizantina ao Sudoeste (Roll, 1996).




A partir de 1977, 13 sessões de escavações foram executadas sob a coordenacão do prof. Dr. Israel Roll, as 3 primeiras sessões foram ainda executadas com os auspícios do Israel Department of Antiquities e com a assistência do arqueólogo Etan Ayalon; da 4ª a 11ª missão, as escavações foram executadas sob a curadoria do Instituto de Arqueologia da TAU com a assistência da municipalidade de Herzlyia e da American School de Kefar Shemariahu (Roll, 1996); a 12ª seção de escavação, a Missão AP 98 XII, ocorrida na área E do sítio, foi realizada sob a curadoria do Instituto de Arqueologia da TAU contando com a coordenação conjunta do prof. Francisco Marshall e com a assistênia da equipe brasileira do Projeto Apolônia e da municipalidade de Herzlyia (Rech, 1999) e a 13ª ocorreu entre novembro e dezembro do ano passado, dando continuidade na área de escavação das estruturas romanas e no castelo cruzado. O estudo do material recebido sobre a última escavação realizada na área medieval despertou o interesse para a formulação deste projeto de pesquisa..




O nome Apolônia, dado à cidade em homenagem ao deus Apolo, na fase de dominação helenística, perdurou na fase romana e bizantina (Roll, 1992: 298-299). Durante a fase de ocupação bizantinam, Apollonia também foi conhecida oficialmente com o nome de Sozusa. A mudança de nome para Arsuf (retorno ao nome original fenício - Arshof) deu-se após a conquista árabe em 636 d.C. Posteriormente os cruzados ao dominarem a cidade, em 1101 d.C, a chamariam de Arsur (Roll and Ayalon, 1993: 72-75).




Pode-se citar como algumas das descobertas referentes ao período medieval: um sûq (área destinada a um mercado árabe) e uma muralha protegida por um fosso, relativos ao período de ocupação inicial muçulmana, um castelo cruzado e seu porto artificial, moedas, lamparinas e material cerâmico diverso, fora as descobertas realizadas nas áreas destinadas ao estudo dos períodos romano e bizantino ( Roll, 1996:596) .


O maior nível de prosperidade e expansão comercial de Apolônia, deu-se na fase bizantina, no século VI e início do século VII d.C, quando emergiu como principal centro comercial, produtor e marítimo do Sul da Planície de Sharon. Era um centro urbano e escoadouro pelo mar, além de local de vários assentamentos rurais da Samaria Oeste e Judéia.




Quando da conquista muçulmana em 636 d.C, perpetrada pela expansão árabe, Apolônia era uma próspera cidade bizantina, com aproximadamente 100 acres de área. A grande quantidade de moedas e cerâmica romana e bizantina encontradas na superfície desta área podem confirmar esta informação (Roll, 1996:595). Com a dominação árabe, Apolônia passa por modificações. Entre 636 e 638 d.C seu tamanho é diminuído, ela é reestruturada em uma área menor e mais densamente povoada. Uma hipótese levantada pelo prof. Dr. Israel Roll para que isso tenha ocorrido, foi a expulsão de judeus e samaritanos da cidade, uma vez que escavações arqueológicas indicam o decréscimo de vestígios dessas culturas após a conquista (Roll and Ayalon, 1987:72-75).




Ainda segundo Israel Roll, possivelmente entre 685 e 705 d.C durante o califado de Abd el-Malik (o mesmo califa omíada que mandou construir o "Domo da Rocha em Jerusalém"), houve nova modificação nas estruturas de Arsuf. A cidade diminuída a 1/5 (um quinto - 20 acres) de seu tamanho original, pode ser fortificada, com uma muralha de um metro de espessura, reforçada em sua face exterior por contrafortes e um fosso escavado em sua frente. Um portão protegido por duas torres semicirculares foi erigido no lado Leste do sítio. A muralha foi construída devido ao medo de um ataque da marinha bizantina e ao constante avanço e recuo entre as forças bizantinas e muçulmanas em terra (Roll, 1996:599) .


A muralha tem sua datação relativa atestada por materiais datáveis, descobertos sobre os pisos de duas casas junto ao muro, nas áreas E e H (3). Na área B, um complexo de construções foi encontrado de ambos os lados de uma estrada com cerca de dois metros de largura e orientada no sentido Norte-Sul. Oito fases de ocupação cobrindo todo o período inicial muçulmano, foram distinguidas no chão da estrada e nas construções, que indicam ser um sûq (mercado árabe a céu aberto). Escavações realizadas em 1977 constataram uma grande quantidade de ossos suínos em várias lojas do mercado, o que indica a criação das mesmas para atender aos novos habitantes cristãos, uma vez que a religiões muçulmana e judaica não permitem a ingestão deste tipo de carne ( Roll and Ayalon, 1987:61-76) .




No tocante aos estratos evidenciados, constatou-se que os edifícios do estrato VIII, isto é, da Alta Idade Média, apresentam-se como uma continuidade do período bizantino. No estrato VII, toda a área foi reconstruída com longas salas uniformes; estas salas continham fornos e lareiras, serviam mais como tendas de alimentos e lojinhas, caracterizando um típico mercado de rua do Oriente muçulmano. A continuação da estrada e suas estruturas foram descobertas na área C (4), ao Norte. O que indica que toda esta parte da cidade foi submetida a um amplo planejamento urbano, provavelmente ao mesmo tempo em que a muralha da cidade foi erigida. O mercado permaneceu em uso no estrato VI e então sofreu uma violenta destruição, talvez durante os motins de 809 d.C, que estouraram na região depois da morte do califa abácida Harun er-Rashid. No estrato V, referente ao século IX, o mercado foi reconstruído com algumas alterações, agora as lojas eram menores e foram feitos pátios internos adicionais. O mercado de rua continuou em uso nos estratos IV a I, referentes aos séculos X e XI d.C, mostrando modificações nas estruturas e materiais de construção. Para este período foram achadas grandes quantidades de ferramentas e pregos, que indicam o uso extensivo de madeira para construção de casas e barcos (Roll and Ayalon, 1987).


Na conquista islâmica da Palestina iniciada em 634 d.C a maioria das cidades se entregaram "baixo termo" e sem resistência. Esta atitude não gerou destruições ou perturbações permanentes nas cidades conquistadas. No que se refere à primeira metade do século VII d.C, época da invasão e dominação muçulmana, Apolônia-Arsuf não apresenta indícios arqueológicos de luta ou destruição, enquadrando-se possivelmente no grupo das cidade não resistentes (Schick, 1998:75-76) .




As casas de Arsur eram construídas de blocos de arenito decorados, unidos com barro e rebocados, tinham soleira e ombreira. Uma casa com diversos quartos, com andar superior suportado por arcos, foi descoberta na área E. Um esgoto feito de ladrilhos, que desaparecia sob o chão de um dos quartos, reaparecia em um buraco esculpido na parte inferior do muro, servindo de descarga para o lado de fora da muralha da cidade (Roll, 1995:78). Uma outra construção mais simples veio a luz na área H, e constituía-se apenas de uma série de quartos quadrados. As escavações nas áreas B, C e D (5) revelam que o centro da cidade foi principalmente uma área aberta, pavimentada alternadamente com ladrilhos e chão rebocado, que pode ter servido como local de reunião para a população rural dos arredores em um caso de perigo de ataque inimigo (Roll, 1996:600-601) .




Em outubro de 1187, o sultão Saladino, impulsionado pela completa derrota sofrida pelo exército franco na batalha de Hattim, perto de Tiberíades, aproveita a fraqueza dos invasores e reconquista Jerusalém para o Islã, provocando a reação do Ocidente e dando início à Terceira Cruzada; nesta mesma data Saladino reconquista também a cidade de Arsur, que volta a ser dominada e povoada pela população muçulmana. Quatro anos depois, em 1191, com a famosa Batalha de Arsuf (6), que teve lugar próximo à cidade, o exército cruzado liderado pelo rei inglês Ricardo Coração de Leão, derrotou Saladino e reconquistou Arsur (Grousset:1965). Sob domínio franco a cidade sofreu novas modificações estruturais. No século XIII, em 1241, a mando de João II de Ibelim, foram construídos um porto artificial e um castelo a beira mar sobre uma colina, ambos ao Norte da cidade.


Os estudos referentes à cultura material revelaram que 90% dos recipientes cerâmicos encontrados eram de louça importada do Chipre, coloridas e envernizadas conhecida como "louça cipriota do século XIII". As cerâmicas do Norte da Síria e do Sul da Itália e o tesouro arqueológico de billions de prata e ducado de ouro veneziano encontrados junto com moedas de prata otomanas no mercado da cidade, evidenciam o entrosamento de Arsur nas rotas comerciais cruzadas dominadas pelos comerciantes genoveses, venezianos e pisanos (Boas, 1998).




Em 1261, a cidade e o castelo do senhorio de Arsur são arrendados pelos Barões Ibelinos (também senhores de Jaffa e Beirute) à ordem dos Hospitalários. Um selo encontrado em escavações, apresenta o desenho de uma fortaleza (com donjon, torres e portão) e uma inscrição designando "Balian d’Ibelin segneur d’Arsur" (Roll, 1996:602). O barão Balian III, Ibelino era o senhor de Arsur e filho de João Ibelino, chefe dos barões da Terra Santa. Arsur deve ter se tornado senhorio destes barões, entre 1230 e 1243, época em que os Ibelinos travaram uma luta de conquista do litoral e portos da Terra Santa, contra os Imperiais, ordens de nobres leais ao poder do Imperador Frederico II (Grousset, 1965). Com os vestígios das estruturas arquitetônicas e o desenho contido no selo, foi possível uma reconstituição gráfica aproximada de como era o castelo de Arsur.


Escavações arqueológicas comandadas pelo prof. Dr. Israel Roll, constataram que o castelo incluía um pátio, rodeado por um alto muro interno, reforçado por torres semicirculares e quadradas, ao redor deste existia um baixo muro exterior e cercando os dois muros havia um fosso profundo e fortificado por uma série de muros de retenção. Do lado Oeste da fortaleza, um donjon octogonal, suportado por uma estrutura abobadada, foi parcialmente escavado. Do lado Leste uma longa sala com muro ao redor foi descoberta, esta deve ter servido de capela do castelo. Na base da fortaleza, na costa marítima, foi construído um pequeno porto, sobre as bases do porto bizantino abandonado (Grossman, 1997a:80), com molhes e duas torres que entravam 35 metros no mar. Um túnel conduzia da fortaleza ao porto, outro conduzia do Sul do pátio ao fosso, o qual apropriadamente permitia surpreender um ataque inimigo (Roll and Ayalon, 1987:61-76) . A destruição ao chão deste castelo por Baybars é atestada pelas descobertas arqueológicas de pedras de catapultas (ou balistas), densas camadas de incêndio e por enormes pedaços das muralhas do castelo que foram derrubados de cima da colina na beira da praia (Roll, 1995:77).













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