(Jornal Vale Mais, 16 de setembro de 2011.)
O Corpo Seco é uma das mais populares assombrações do Vale do Paraíba. Em quase todas as cidades da região há relatos desta personagem. Torna-se Corpo Seco a pessoa que durante a vida foi muito ruim, cometeu atrocidades para com o próximo. Entre os relatos mais comuns no Vale, há os Barões do Café que maltratavam os escravos, pais muito violentos com filhos e esposas, filhos que batiam nas mães, principalmente, entre outros.
A pessoa com este perfil, ao morrer, não é aceita nem pelo céu e nem pelo inferno e a terra devolve o corpo. A carne se decompõe, a pele gruda-se aos ossos, continuam crescendo as unhas e os cabelos, tornando a figura hedionda e aterrorizante aos olhos humanos.
O Corpo Seco, por não ter músculos, quase não se sustenta em pé e necessita de ajuda para se locomover. A assombração vive à espreita de algum desavisado que lhe dando as costas serve-lhe de transporte. Dizem que gosta de ficar em escadarias e paredes de cemitério, bancos de praça, cercas e muros de esquinas e becos escuros. A pessoa, cujo Corpo Seco gruda em suas costas, tem que carregá-lo até perto de água corrente (que ele não atravessa), amarrá-lo em uma árvore e sair de perto andando de costas, sempre olhando diretamente para ele, assim não corre o risco de que ele se solte e volte a montar em suas costas. Ir embora rezando também ajuda bastante. Antigos aconselhavam dar-lhe uma surra com vara de marmelo.
Evitar andar pelas ruas depois que anoitece e principalmente em lugares ermos é recomendável.
Recentemente, em uma palestra no distrito de Eugênio de Mello, escutei de um participante que na década de 1970 teria ajudado a levar duas dessa assombração para o alto da Mantiqueira. Ele e um padre teriam tomado tal atitude no intuito de aliviar a população do tormento que estavam causando. Gente ruim é assim, perturba em vida e não dá sossego depois que morre. Temos que rezar muito, gente!
A pessoa com este perfil, ao morrer, não é aceita nem pelo céu e nem pelo inferno e a terra devolve o corpo. A carne se decompõe, a pele gruda-se aos ossos, continuam crescendo as unhas e os cabelos, tornando a figura hedionda e aterrorizante aos olhos humanos.
O Corpo Seco, por não ter músculos, quase não se sustenta em pé e necessita de ajuda para se locomover. A assombração vive à espreita de algum desavisado que lhe dando as costas serve-lhe de transporte. Dizem que gosta de ficar em escadarias e paredes de cemitério, bancos de praça, cercas e muros de esquinas e becos escuros. A pessoa, cujo Corpo Seco gruda em suas costas, tem que carregá-lo até perto de água corrente (que ele não atravessa), amarrá-lo em uma árvore e sair de perto andando de costas, sempre olhando diretamente para ele, assim não corre o risco de que ele se solte e volte a montar em suas costas. Ir embora rezando também ajuda bastante. Antigos aconselhavam dar-lhe uma surra com vara de marmelo.
Evitar andar pelas ruas depois que anoitece e principalmente em lugares ermos é recomendável.
Recentemente, em uma palestra no distrito de Eugênio de Mello, escutei de um participante que na década de 1970 teria ajudado a levar duas dessa assombração para o alto da Mantiqueira. Ele e um padre teriam tomado tal atitude no intuito de aliviar a população do tormento que estavam causando. Gente ruim é assim, perturba em vida e não dá sossego depois que morre. Temos que rezar muito, gente!
tesouro enterrado
Em Arapeí, é só andar um pouco pelas ruas que já se ouve este caso. Diz o povo à boca miúda, baixinho, que na fazenda Monte Alegre havia um tesouro enterrado. E sempre tem um destemido em busca da fácil fortuna, mas essa, pelo jeito, não tinha nada de fácil.
Uma turma de homens da cidade resolveu enfrentar a empreitada e saíram na calada da noite para procurar o tesouro. Descobrindo o exato lugar, começaram a cavar e, de repente, começaram a apanhar, tomaram uma surra sem precedente em suas vidas, apanhavam, mas não conseguiam ver quem batia. Correram apavorados do lugar e devem nunca mais ter passado por perto. Há quem diga que apanharam do fantasma do escravo que tomava conta do tesouro. É sabido que, quando os antigos barões do café e fazendeiros da região enterravam algum tesouro, colocavam um escravo para cavar, enterrar e depois o matavam e o enterravam junto ao tesouro para que ninguém ficasse sabendo o local do segredo.
Uma turma de homens da cidade resolveu enfrentar a empreitada e saíram na calada da noite para procurar o tesouro. Descobrindo o exato lugar, começaram a cavar e, de repente, começaram a apanhar, tomaram uma surra sem precedente em suas vidas, apanhavam, mas não conseguiam ver quem batia. Correram apavorados do lugar e devem nunca mais ter passado por perto. Há quem diga que apanharam do fantasma do escravo que tomava conta do tesouro. É sabido que, quando os antigos barões do café e fazendeiros da região enterravam algum tesouro, colocavam um escravo para cavar, enterrar e depois o matavam e o enterravam junto ao tesouro para que ninguém ficasse sabendo o local do segredo.
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