quinta-feira, 20 de março de 2014

Machu Picchu experiências em sauna inca e ritual xamânico


20/03/2014Machu Picchu  é daqueles lugares que tem a imagem muito batida e que a gente acaba tendo a ilusão que já conhece. Puro engano.
Machu Picchu é uma experiência vivencial, uma emanação de energia que se estamos abertos captamos e levamos conosco como o carimbo que nos colocam no passaporte na entrada do sítio.
Nosso primeiro contato foi uma visita explicativa, será a cidade perdida um santuário religiosos, um observatório astronômico ou uma fortaleza? Hiram Bingham , o americano que foi o primeiro homem branco a chegar até lá em 1911 nos deixou algumas pistas, mas sua verdadeira função ainda não se tem certeza. Os espanhóis nunca chegaram até a cidadela e nós sentimos a força da civilização inca em ruínas em meio a selva amazônica.
Depois de visitar a parte residencial e a zona real , subimos para o ponto mais sagrado , Intihuatana (a pedra onde se amarra o sol)  local de rituais para que o deus Inti retorne após o solstício de inverno em 21 de junho.
O Hotel Inkaterra nos ofereceu o complemento perfeito para está experiência inca, ali pudemos fazer tratamentos corporais com pedras quentes, massagens relaxantes e defumação com folhas de coca. Ao final de uma sessão completa de onde saí quase sem saber que direção tomar , acabei dentro de uma piscina aquecida ao ar livre embaixo de uma chuva revigorante em meio a uma revoada de colibris! Será que eu estava sonhando? Isto tudo faz parte da experiência vivencial que está para além de um destino , se oferece em todos os detalhes.
 
Temazcal – Sauna indígena
Piscina dos colibris
O Inkaterra  tem também outras possibilidades bem legais, por ser uma propriedade de mais de 30 hectares na selva ao pé das montanhas, tem um enorme orquidário e palestras sobre o tema, quartos charmosos em estreito contato com a natureza. 
Para completar ainda  participamos em um ritual a Pachamama , onde um Xamã nos contemplou com uma cerimônia completa com oferendas e chamamentos em quéchua , a língua inca ainda falada pelos locais. Ainda estamos em estado de graça.
 




Hiram Bingham – Saindo de Cuzco até Machu Picchu

30 de outubro de 20110


 
Hoje foi um dia absolutamente especial, começou quando chegamos na estação de trem de Poroy, a poucos minutos de Cuzco para embarcar não só em uma viagem de trem, mas em uma experiência visual, sensorial de viagem inesquecível.
Já na estação fomos recebidos com música, danças típicas, com os bailarinos trajando as roupas folclóricas super coloridas, e já as 9h da manhã nos ofereciam uma taça de champanhe de boas vindas, ali naquele momento começou meu encantamento com toda a vivência que se desenrolou com o passar do dia.
Entramos no trem o famoso Hiram Bingham, assim batizado em homenagem ao explorador norte americano que descobriu Machu Picchu em 1911.  A idéia é que eu tinha voltado no tempo e estava embarcando no Orient Express com destino a  qualquer destino exótico, imaginem o interior do trem lindíssimo, todo de madeira com ferragens douradas com as inicias HB jateadas nos vidros, as mesas postas com taças, abajures, uma profusão de pessoas gentis prontas para atender todos os seus desejos.
 
A paisagem no percurso que atravessa o Vale sagrado e acompanha o Rio Urubamba é espetacular, o trem vai pelo vale, entre montanhas altíssimas. Elas nos dão as boas vindas explicam que será servido um brunch a bordo mais tarde e nos convidam a passar para o Coche/Bar, são dois vagões com poltronas e mesinhas baixas, um bar totalmente equipado e no último vagão com teto todo de vidro estavam dois músicos tocando violão e um músico na percussão mandando ver!
 
Não preciso contar para vocês que aquele cenário, a música, o champanhe e principalmente a companhia, tornou aquela viagem uma experiência intraduzível em palavras, como a minha amiga Martha Medeiros estava conosco, ela que tem o dom de se expressar através das palavras, vai poder descrever melhor esta vivência.
 
Chegamos em Machu Picchu em torno de  1h da tarde, e depois te ter pego uma chuvinha o sol saiu de trás das nuvens e veio para nos abençoar, o grande Deus Inti dos Incas estava presente para coroar aquela viagem fantástica.
Chegando em Aguas Calientes
Amanhã vamos acordar antes do sol para espera-lo na cidade perdida de Machu Picchu, depois conto tudo pra vocês!!
Fotos Clarisse Linhares e Mylene Rizzo

Trilha Inca Peruana - 100 anos de Machu Picchu!

20 de agosto de 20112

Aproveitando que 2011 marca o centenário da redescoberta das ruinas sagradas de Machu Picchu, hoje o nosso amigo aqui do blog, Luciano Zanetello, viajante de carteirinha,  dá um depoimento muito bacana sobre a trilha inca que leva a Machu Pichu, confiram!

Peru , o Egito é aqui !!!!!!!
Para todos aqueles que buscam resgatar por momentos uma vida sem os confortos atuais,  estão atrás de viagens “não convencionais” e estão com o preparo físico em dia, a sugestão é fazer a Trilha Inca no Peru .
Existem várias modalidades e muitos percursos diferentes . Vou  falar da que fizemos que consiste em quatro dias de caminhada com três noites passadas em barracas e perfaz aprox. 40 Km, muitos deles seguindo o caminho original usado pelos Incas ( termo usado erradamente pois Inca era só o Imperador ) para chegar a cidade sagrada de Machupicchu .
Usamos a cidade de Cuzco como base para a adaptação à altitude ,  o recomendado é ficar dois dias ali fazendo os passeios das cercanias que vão progressivamente nos levando a alturas maiores e exigindo mais esforços .
Cuzco é uma cidade linda com toda a arquitetura Espanhola da época   da chegada ao continente ainda presente .
Para a imposição da cultura , os espanhóis construiram várias Igrejas sobre os locais de culto aos Deuses dos Incas para simbólicamente “sepultar” a velha crença e fazer a afirmação da fé que deveria ser adotada , por bem ou por mal
Em qualquer farmácia da cidade , são vendidas pílulas p/ o mal da altitude.   Não sei se é só psicologico , mas funcionam !!!
É claro que para os espíritos indômitos é possível fazer a trilha toda por conta, com sua barraca , comida e sem guias ( a única exigência é o tiquet de acesso ao Parque Nacional que ela percorre )
Para os aventureiros “pero no mucho” ou , que não abrem mão de certos confortos, as operadoras providenciam toda a logística e a única preopcupação é vencer o percurso de 15 / 18 Km diariamente.
Aqui não temos os “Sherpas’ do Himalaia ,mas temos os “Cholos” Peruanos.
Quando você chegar aos pedaços no acampamento no final do dia, sua barraca já estará montada , tomaremos um lanche e conversando aguardaremos o jantar que será servido na barraca refeitório de onde saindo , teremos a luz das estrelas ao alcance das mãos !!!
Não existe luz elétrica num raio de Km e a visibilidade do Céu é indescritível …… O banho está disponível para ….os Esquimós !!
A agua nos chuveiros dos banheiros precários é natural da montanha e deve estar a – 25 ºC ……
Aqui treinamos todos os dias a conversação . No nosso grupo éramos os únicos brasileiros ,  a maioria Europeus e mulheres .
Para finalizar, mesmo o mais racional dos homens ( ou mulheres ,visto a amostragem ) não tem como ficar imune a sensação espiritual ou mística ,como queiramos chamar,  de visualizar o nascer do Sol sobre Machupicchu contemplado da Porta do Sol que fica bem acima da cidade . Neste momento podemos facilmente pensar que nossos olhos podiam ser tanto de um dos privilegiados que tinham acesso à cidade , como podemos divagar que somos o explorador que devolveu a Cidade Sagrada ao mundo pois a mesma não mudou nada ao longo deste tempo.

Machu Picchu, centenário da descoberta da cidade perdida

11 de agosto de 2011Comentários desativados


 
 Machu Picchu é daqueles lugares que temos a sensação de conhecer pelo excesso de imagens vistas em diversos formatos. Pura ilusão! Quando nos deparamos com a grandiosidade do local , as fotos perdem totalmente o sentido, a energia toma conta e entendemos que sem ter estado lá , nossa imaginação não consegue alcançar a dimensão da força da Cidade Perdida dos Incas. Machu Picchu não é o nome original dado pelos incas e desconhecido por nós, significa simplesmente “montanha velha” em contraste com mais fotografada  Huayna Picchu ou “montanha nova”, no outro extremo  .
Descoberta em 1911 pelo explorador americano Hiram Bingham , que comandava uma expedição da Universidade de Yale , comemora 100 anos em 2011. A expedição buscava encontrar Vilcabamba, uma fortificação usada pelos descendentes incas na luta contra os espanhóis. Machu Picchu que permaneceu escondida por séculos, nunca sendo  alcançada pelos  espanhóis na época da colonização,  é um dos maiores enigmas da História , tendo sua função até hoje não completamente desvendada.Construída por Pachacutec por volta de 1460 como um Estado real e retiro religioso, nunca teve função comercial , militar ou administrativa.  Hiram Bingham , guiado por moradores locais , ao se deparar com as ruínas parcialmente cobertas pela floresta exclamou:  ” “Would anyone believe what I have found?…”

O trem da empresa Orient Express que faz o trajeto Cusco – Águas Calientes, mais luxuoso charmoso, leva o nome de Hiram Bingham.
Os Incas fazem parte do que chamamos de Cultura Pré-Colombiana e tiveram seu apogeu entre os anos de 1350 e 1532 de nossa era, muito mais rescente que povos como os antigos egípcios ou mesmo gregos. Isto parece meio óbvio , mas não é tanto assim pois há muita confusão a respeito da datação desta civilização. Normalmente a viagem para  Machu Picchu parte de Cusco, e por incrível que pareça a gente DESCE para Machu Picchu pois Cuzco fica a 3200 metros de altitude.
 
 
 
No caminho pode-se visitar o Vale Sagrado, uma impressionante paisagem verdejante que mais parece uma região dos Alpes Europeus do que o interior da América Latina. Por aqui já podemos ver algumas ruínas dos Incas como Ollantaytambo e muitos povoados que vivem do cultivo desta terra muito fértil. Vários mercados enfeitam a região em dias alternados, o mais famoso é o de Pisac que tem seu apogeu nos domingos , mas funciona todos os dias da semana.
 
  
 
  Vale Sagrado
 
 
 Ollantaytambo
 
 
A cidade faz parte de um complexo de construções civis e religiosas que tem  o Vale Sagrado, cortado pelo rio Urubamba , como eixo. Este rio é um dos afluentes do rio Amazonas e era conhecido pelos Incas como o rio celestial , sendo um suposto espelho da Via Láctea na cosmologia andina. Viajar de trem pelo Vale Sagrado é uma experiência muito interessante, ele liga  Cusco a Águas Calientes, a estação mais próxima de Machu Picchu, nas  encostas pode-se ver acampamentos de grupos que fazem a trilha inca e várias construções desta civilização.
 
 
 
 
A viagem no trem  Vistadome é muito confortável e a paisagem vai se modificando pelo Vale do rio Urubamba, o maior responsável pela destruição da ferrovia em janeiro de 2009.
 
 
 
 
 
Me surpreendeu a floresta tropical punjante que abraça a região,  a própria selva amazônica que vemos do outro lado da fronteira peruana com o Brasil. Chegamos na estação de Águas Calientes, quase um camelódromo aos moldes brasileiros, mas que oferece ótima acomodação no hotel Inka Terra, uma propriedade charmosa e integrada ao ambiente natural.
 





 
 
 
 
 
Machu Picchu foi uma das mais belas cidades sagradas, estabelecida pelos Incas nos altos das montanhas, a 2.350 metros de altitude, no que hoje é a província de Cusco. O Império Inca, originado no Lago Titicaca,  em seu apogeu espalhou-se por terras que hoje compreendem o território do Equador, Peru, Chile, Bolívia e norte da Argentina, teve sua capital situada na cidade de Cuzco, cujo nome em quéchua significa umbigo do mundo. Foi uma civilização imperialista que se formou com a conquista de povos que viviam na região ( Chavín, Paracas, Nazca.) , dominando de forma  estrita os seus súditos.
 
  


Ficar hospedado no Hotel do Orient Express no topo das montanhas, o Sanctuary Lodge, não compensa pelo custo de U$ 700,00 , ele é muito simples e não permite a entrada no sítio de Machu Picchu à noite, o que justificaria a localização às portas da cidadela. Mas estar lá em cima até o fim do dia permite que possamos desfrutar do ambiente de forma quase exclusiva.
 

 


 
Duas visões em momentos diferentes do mesmo dia:
 

Em Machu Picchu, a chegada da trilha inca que alcança a cidade sagrada é coroada pela Porta do Sol (Inti Punku) , descortinando um painel estonteante da cidade, do Vale Sagrado e das montanhas.
 
 



Trilha de Águas Calientes, a cidadela e Huayna Picchu ao fundo
 
 Império Inca entrou em declínio com a disputa pelo trono entre dois irmãos, Huascar e Ataualpa, entre os anos de 1524 e 1532.  Filhos do chefe inca Huayna Capac, que morrera repentinamente abatido pelo vírus da gripe, chegado da Europa juntamente com os primeiros conquistadores espanhóis. 
 
Em nome da coroa espanhola, Francisco Pizarro, não teve dificuldade em derrotar este vasto império enfraquecido pela guerra civil,  saqueando seus templos em busca de metais preciosos  e estabelecendo ordens religiosas em busca de suas almas.
Em nome da coroa espanhola, Francisco Pizarro, não teve dificuldade em derrotar este vasto império enfraquecido pela guerra civil,  saqueando seus templos em busca de metais preciosos  e estabelecendo ordens religiosas em busca de suas almas.
Hoje podemos buscar espiritualidade e ver a grandiosidade deste império nas suas ruínas mais bem conservadas.








 

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