Esses textos são os mais antigos textos religiosos conhecidos no Egito. Foram escritos durante as dinastias V a VIII. Os mais antigos foram descobertos na pirâmide de Unas, último rei da V dinastia. Também foram encontrados nas pirâmides de Teti, Pepi I, Merenre, Pepi II, Kakara Ibi e das esposas de Pepi II, todos na necrópole de Saqqara. Com a evolução dos “Textos das Pirâmides” criaram-se os “Textos dos sarcófagos”, que durante o Primeiro Período Intermediário do Egito começaram a ser escritos nos sarcófagos dos nobres. No Reino Médio são de dois tipos: pessoais (que narram a vida do falecido) ou jurídicos (descrevendo o legado de sua propriedade). Com a evolução dos pensamentos egípcios, a imortalidade passou a não ser mais um privilégio exclusivo do Faraó; já era possível para as classes mais altas ter esse mesmo privilégio. Durante o Império Novo começou-se a escrever em papiros que eram depositados no interior dos sarcófagos, dando origem ao chamado Livro dos Mortos, que descreve o que deve ser feito com o espírito do falecido para alcançar a vida eterna.
Os relatos trazem teorias da criação, várias lendas e textos sobre ressurreição ou a identificação com os deuses. Quando foram escritos, os textos deviam ser muito conhecidos, pelo menos nos círculos religiosos, e por isso é muito possível que tenham sido escritos em outros monumentos que não chegaram até nós, muito antes mesmo dos registrados na pirâmide de Unas. Esta, onde os primeiros textos foram escritos, consiste inteiramente de 228 declarações, número que mais tarde, com outros textos das pirâmides, chegou a ser três vezes maior. Os textos foram descobertos em 1881 por Gaston Maspero e compilados por alguns estudiosos como Samuel AB Mercer, Kurt Heinrich Sethe, Sleepers Louis, entre outros. A compilação feita por Samuel Mercer está disponível no site www.sacred-texts.com (em Inglês) e posteriormente será traduzida por nós para o português. Há também outro site que mostra fotos do interior das pirâmides em hieróglifos juntamente com a tradução em inglês dos textos: www.pyramidtextsonline.com.


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