ALEXANDRIA - EGITO
Históricamente uma das cidades mais importantes do Mediterrâneo e que já viveu extremos tanto de esplendor quanto de involução. Uma cidade que levou o nome de Alexandre Magno, seu fundador em 331, não pode ser abordada sem seriedade.
ESTA cidade sempre desempenhou papel privilegiado na história da humanidade e progrediu além de todas as expectativas, tornando-se uma proeminente metrópole cultural, intelectual e econômica, cujos restos ainda hoje são encontrados em suas ruínas e registros históricos. Foi a famosa capital de Ptolemies e a cena do drama emocionante com Cleópatra, Júlio César, Marco Antônio e Otávio
UMA das inúmeras lendas é a de que no delta do Nilo - exatamente onde foi fundada Alexandria - os deuses egípcios esconderam toda a sua sabedoria, que passou, desde então, a ficar disponível aos homens. Para além das lendas e crenças, o fato é que - favorecida por sua posição geográfica no Mar Mediterrâneo - Alexandria tornou-se uma cidade comercialmente importante, um dos mais fortes motivos que determinaram seu progresso, o qual motivou tantos outros desenvolvimentos na arte, na cultura, ciência e filosofia. Além de ser uma cidade organizada, com notável infra-estrutura administrativa, financeira e comercial para os padrões da época.
ALEXANDRIA esteve sob domínio romano mas foi sob o árabe que ocorreu o primeiro período de conflitos decorrentes de tensões religiosas, conflitos estes que contribuíram fortemente para a destruição de boa parte de seu patrimônio daquela que já foi Capital do Egito e conquistada gregos entre 332 e 32 a . C. Por mais de 700 anos o Egito teve uma das civilizações mais importantes da humanidade e foi sucessivamente invadido por gregos e romanos. Alexandria chegou a ser considerada por centenas de anos a capital cultural do mundo.
ATÉ mesmo os franceses andaram por Alexandria, sendo mesmo um território francês de 1830 a 1930 esta cidade que além de ficar às margens do Mediterrâneo também situa-se no delta do Nilo. É a segunda maior cidade do Egito e tem cerca de 3 milhões de habitantes e com um dos maiores portos do Mediterrâneo. Alexandria começou a entrar em decadência durante o século I a.C., quando Roma começou a intervir nos assuntos egípcios e sua última governante ptolomaica era Cleópatra, filha de Ptolomeu XII.
A melhor atração da cidade - o Anfiteatro Romano - descoberto em escavações realizadas na área de Kom El Dekka, que fica próxima ao Museu Romano. São doze terraços de mármore que formam um semicírculo, planta considerada o única com esta característica no Egito.
Os Jardins de Montaza, cujas lindas palmeiras formam um cenário bastante típico desta área da África e onde fica Palácio de Verão do Rei Farouk, ex rei do Egito. No caminho pelo Forte de Qait Bey, na área onde havia o Farol de Alexandria, uma das sete maravilhas do mundo.
A Mesquita de Abu El Abbas, um dos mais famosos monumentos islâmicos do mundo e que fica nesta cidade dedicada ao patrono dos pescadores e marinheiros – Santo Alexandre.
AINDA que seja um edifício moderníssimo, a principal atração de Alexandria é mesmo sua biblioteca, já que o famoso Farol de Alexandria, uma lendária construção de 280 a .C. que diziam ter 120 metros de altura e cuja luz era visível a 100 milhas de distância da costa foi destruída pelo terremoto e jamais reconstruído.
A primeira Biblioteca de Alexandria foi fundada em 306 a . C., por Ptolomeu I, sucessor de Alexandre, o Grande, e tinha cerca de 700 mil volumes. Tal acervo foi crescendo progressivamente porque os responsáveis pela biblioteca tinham autorização para comprar todos os pergaminhos existentes da época.
CHAMADA de A Grande Biblioteca para distingui-la da pequena biblioteca de Serapis, foi inaugurada por Ptolomeu Sóter II (309- 247 a . C.), o Filadelfo, segundo rei (282- 247 a . C.) dessa dinastia, com o propósito de firmar a manutenção da civilização grega no interior da conservadora civilização egípcia. Provavelmente idealizada a partir da chegada de Demétrio Falero (350- 283 a . C.), levado a Alexandria ( 295 a . C.) para este fim e atendendo a um projeto elaborado por Ptolomeu Sóter I (367- 283 a . C.) cuja obra ficou completa com a construção de sua conexão com o Museu, a obra máxima de seu sucessor, Ptolomeu Filadelfo, que a fez para “reunir os livros de todos os povos da Terra"
CONTA a lenda que todos os navios que aportavam na cidade tinham seus pergaminhos confiscados e aos donos eram devolvidas cópias. Essas e outras façanhas contribuíram para fazer de Alexandria o mais famoso centro do saber da humanidade e para lá iam estudiosos e pensadores como Arquimedes e Euclides. Durante sete séculos - entre os anos de 280 a .C. a 416, a biblioteca de Alexandria reuniu o maior acervo de cultura e ciência da antigüidade, mas não era apenas depósito de rolos de papiro e livros, mas fonte de instigação e pesquisa para os homens de ciência e de letras interessados no desenvolvimento cultural e científico da humanidade. Uma das maiores tragédias da humanidade, o incêndio da Biblioteca de Alexandria, pôs fim a todo seu conteúdo.
A NOVA Biblioteca de Alexandria foi inaugurada em outubro de 2002 num belo edifício projetado e planejado pelo governo egípcio e pela UNESCO, hoje uma impressionantemente moderna e equipada instituição pública de pesquisa e informação inspirada na antiga Biblioteca de Alexandria e com os mesmos propósitos da original. A idéia de reerguer a mais formidável biblioteca de todos os tempos surgiu no final dos anos 70, na Universidade de Alexandria, e em 1988 o presidente egípcio, Hosni Mubarak, assentou a pedra fundamental, tendo as obras começado em 1995. É hoje um suntuoso edifício de 11 andares que custou US$ 212 milhões, boa parte dos quais pago pela Unesco e com a contribuição de diversos países. Só a sala de leitura da biblioteca principal tem 38.000 m2 , a maior do mundo, com acervo de 5 milhões de livros.
"O turismo é uma das mais importantes fontes de receita do país, tanto quanto a taxa cobrada pela permissão de tráfego de navios no Canal de Suez."

Placas de carro

Mesquita Abu Abbas al-Mursi

Forte Qait Bey

Forte Qait Bey

Rua Ahmed Orabi, uma das avenidas principais do Centro da Cidade de Alexandria

Forte Qait Bey

Os típicos táxis bicoloridos e o jardim central de uma avenida

Pilar de Pompéia e Esfinge - Anfiteatro Romano (Kom El Dekka)
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Anfiteatro Romano (Kom El Dekka)

Anfiteatro Romano (Kom El Dekka)

Sarcófago de múmia no Museu de Alexandria

Detalhes de algumas peças do Museu Nacional de Alexandria

Museu Nacional de Alexandria

O Porto de Alexandria deveria ser exemplo para os portos do Rio de Janeiro e de Santos. Moderno, bonito, impecável.

Alexandria e o Mar Mediterrâneo

Letreiros de lojas na Rua Abol Kassem El Shabi, no Centro da Cidade de Alexandria

Detalhes de rua

Palácio de Verão do Rei Farouk - Jardins de Montaza

El Salamlek Palace Hotel & Casino - Jardins de Montaza

El Salamlek Palace Hotel & Casino - Jardins de Montaza

A moderníssima, belíssima Biblioteca de Alexandria

A iluminação zenital economiza energia e protege os originais

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