sexta-feira, 28 de março de 2014

mega corioso e bizarro

A pequena cidade de Rosolini, localizada na região italiana da Sicília, ficou chocada com o nascimento do bebê Frank Lentini, no dia 18 de maio de 1881. O menino, décimo terceiro filho de um casal que já tinha cinco meninos e sete meninas, havia nascido com uma grande anormalidade. Tinha três pernas, quatro pés (o quarto pé não era visível, pois estava posicionado atrás da terceira perna) e dois orgãos genitais. De acordo com os médicos que o examinaram na época, a causa da má formação física era incomum. Frank deveria ter nascido acompanhado de dois irmãos gêmeos, mas, por um capricho da natureza, veio ao mundo sozinho.

Preocupados com a situação, os pais do menino decidiram consultar os médicos sobre a possibilidade de remoção dos membros extras. Ouviram como resposta que alguns deles estavam ligados diretamente à espinha dorsal. Ou seja, retirá-los poderia deixar o garoto paralítico. Como solução, o casal decidiu enviar o filho a um internato especializado em crianças com deficiência. Segundo Frank, viver no local mudou sua vida. “Até então, eu era uma criança triste e vivia reclamando da minha deficiência”, afirmava. ” Quando cheguei lá, vi crianças cegas, surdas, mudas, com problemas maiores do que os meus”. Frank superou as limitações físicas e aprendeu a andar, correr e até mesmo a cavalgar.
Mas o destino de Frank estava longe da Itália. Aos 18 anos, embarcou com a família rumo aos Estados Unidos, onde começou a sonhar com a carreira de artista de circo. A princípio, teve seu sonho frustrado por causa de seu pai, que queria vê-lo formado em algum curso tradicional. O rapaz conseguiu driblar a proibição paterna e arrumou emprego no Ringling Brothers Circus, com o nome artístico de “O Grande Lentini”. Posteriormente, graças ao seu ótimo desempenho nos palcos e já com a cidadania americana, foi contratado pelos espetáculos Barnum and Bailey Buffalo Bill. Em toda a trajetória no mundo circense, o maior sucesso de Frank foi o espetáculo em que controlava uma bola de futebol com as três pernas e depois a chutava em direção ao outro lado do palco.

Se eram a razão do sucesso de Frank, as três pernas também eram motivo de grande lamentação da vida do artista. “Cada perna minha tem um tamanho”, dizia. “Logo, mesmo com três pernas, nenhuma delas forma um par”. Além disso, o artista também ouvia frequentemente questionamentos de como fazia para comprar sapatos. Frank comprava dois pares e dava o calçado adicional de presente a um amigo seu que havia perdido uma das pernas em um acidente.
O fato de ser diferente não o impediu de levar uma vida normal. Teve quatro filhos com Theresa Murray, com quem foi casado até o dia de sua morte, em 22 de setembro de 1966. Mesmo depois de morto, Frank ainda receberia uma singela homenagem. Em 1995, uma foto sua ilustrou a contracapa do álbum “Alice in Chains”, produzido pela banda homônima.

 
 Em plena sexta-feira 13, o Paraná Clube irá a campo enfrentar o Oeste, de Itápolis (SP), pela Série B do Campeonato Brasileiro com um insólito patrocínio no uniforme: o Memorial Parque das Araucárias, que tem um cemitério em Curitiba e outro em Colombo, comprou o espaço para duas partidas. A ideia pode até parecer fúnebre, mas está longe de ser uma novidade no universo futebolístico. Em 2009, na mesma Série B, o Vila Nova-GO assinou contrato de patrocínio com o cemitério Parque Memorial de Goiânia.
Traje do Paraná Clube nesta sexta-feira 13
Na Argentina, o Chacarita Juniors tem uma estreita ligação estreita com o cemitério de Chacarita, o maior da América do Sul e muito visitado pelos fãs de Carlos Gardel. O preto do escudo do time foi escolhido por causa da proximidade entre o estádio do clube e o cemitério, do qual  pegou o nome emprestado. É por isso que os torcedores da equipe são chamados de “Os Funebreros”. O Boca Juniors tem um mausóleu dentro do cemitério de Chacarita. Ali está enterrado, por exemplo, o jogador Bernardo Gandulla, que atuou pelo Vasco em 1939 e cujo sobrenome virou o nome da pessoa que devolve a bola para o campo de jogo.
Uniforme do Chacarita: as listras pretas fazem referência ao Cemitério de Chacarita
Se os ídolos estão em Chacarita, os torcedores do Boca ganharam um cemitério exclusivo em 2006. A ideia foi copiada pelo alemão Schalke 04. Em 2012, a cidade de Gelsenkirchen também ganhou uma última morada só para torcedores do clube. O grande escudo no meio das sepulturas não deixa dúvidas. O Corinthians não pensou em cemitério, mas lançou um plano funerário para seus torcedores, que inclui coroa de flores (sem folhas verdes), escudo do clube na parede, bandeira sobre o caixão e um carro funerário personalizado.
Cemitério do Schalke 04: paixão até depois da morte
Em Porto Alegre, o tradicional Estádio da Montanha, do Cruzeiro, foi derrubado para a construção do Cemitério Ecumênico João XXIII. Resta apenas um pedaço de uma das arquibancadas. Conta-se que, depois da última partida (Cruzeiro 3 x Liverpool, do Uruguai 2, em 8 de novembro de 1970), 15 mil cruzeiristas desceram a “Colina Melancólica” chorando. A comoção foi tanta que o fato inspirou o escritor e torcedor do clube Moacyr Scliar a escrever o livro “A Colina dos Suspiros” em 1999 (no texto, Scliar muda o nome do estádio para “Pau Seco”)
Amaral, ex-jogador de Palmeiras, Vasco, Corinthians e Seleção Brasileira, tinha o apelido de “coveiro”. Antes de iniciar a carreira no futebol, ele trabalhou durante quatro anos em uma funerária de Capivari (SP), sua cidade natal. Ele vestia os mortos para o velório. Um outro coveiro também tinha participação direta nos jogos da cidade de Santana do Ipanema (AL). O Estádio Governador Arnon de Mello é separado do cemitério por apenas um pequeno muro. Em partidas mais disputadas, a bola sempre acaba indo para o lado das sepulturas. É aí que o coveiro precisa fazer papel de… gandula.
 

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